A música Let it Be, dos Beatles, evoca emoções reconfortantes de paz e serenidade. Transmite uma mensagem de aceitação, de esperança, mesmo em momentos mais desafiantes. Diz-se que Paul McCartney escreveu esta canção num período difícil e que sonhou com a sua mãe, Mary, que já tinha falecido, tentando consolá-lo com as palavras de sabedoria: “let it be” (deixa lá). É uma mensagem sobre aceitar o que não se pode mudar e encontrar paz perante os desafios inevitáveis.
Parar para reconhecer as nossas necessidades emocionais, pode ser essencial para prevenir a exaustão. Momentos de luto, transições de vida, separações podem ser extremamente desgastantes.
Além disso, quando uma grande parte da vida é dedicada aos outros - quer como cuidadores, quer em profissões como psicologia, medicina, enfermagem, e outras áreas da saúde - pode surgir o que se chama “fadiga por compaixão”. Este tipo de exaustão resulta de lidar constantemente com emoções difíceis e traumas de quem se cuida e torna-se necessário criar estratégias para gerir o stress e encontrar formas de autocuidado, como caminhar, ouvir música, dançar, cantar ou estar com amigos e/ou família. Estes recursos internos ajudam-nos a dedicar mais de nós aos outros.
Muitas vezes, a fuga de pensamentos dolorosos não é uma opção, e a única forma de atravessarmos a dor é ter coragem de passar por ela e, de forma gentil e compassiva, aceitá-la. Seja através da autocompaixão ou com o apoio de outros, é possível encontrar experiências reconfortantes - o tempo acaba por ajudar a curar as feridas.
Mudar a forma como nos relacionamos com as nossas imperfeições e sofrimento pode alterar toda a forma de olhar a vida e trazer-nos paz interior.
Como recarregamos as nossas baterias emocionais?
Bom fim-de-semana!
LET IT BE!
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