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(IN)FINITUDE



A finitude humana, ou consciência da morte, está ligada ao sentido da vida, da morte e da existência.


Esta consciência é abordada, para alguns, como sendo fonte de angústia e de paradoxos negativos, para outros, é uma forma de aceitar os limites naturais da condição humana. Em certos casos, desperta o desejo de transcendência, de ir além, ou mesmo de procurar sentido nas maiores adversidades, como no livro “Um Homem em Busca de Sentido” de Viktor Frankl. 


Pode levar a uma maior compreensão sobre a inevitabilidade do ciclo de vida e morte, ao mesmo tempo que gera frustração diante dos limites impostos pela realidade física.


Neste contexto, a imagem do olho com uma caveira de M.C. Escher, um auto retrato intitulado "Olho" (1946) é provocadora, uma vez que pode ser uma metáfora para abrir a janela do finito: enquanto vivemos como nos relacionamos com a noção da nossa própria finitude e inevitabilidade da morte enquanto condição humana?  A morte está presente na nossa percepção e no fundo da nossa consciência, nas nossas memórias, na nossa história, em qualquer situação. O finito mostra-me o infinito? 


Temos em nós a nossa fragilidade e consciência da morte, e isso faz parte da consciência de estar vivo. Nesse sentido, a consciência da morte pode permitir vivermos melhor ou com mais sabedoria. Aprender a viver, ou valorizar a vida, pode ser também aprender a morrer. 


E então, qual é a minha relação com a finitude humana? 


Como me relaciono com a (in)finitude? Como lido com a (in)finitude da existência? 


Será que, ao refletir sobre a finitude, algo renasce em mim?


Quando faço anos, reflito sobre os anos que ainda faltam para morrer? Sinto, nessa reflexão, algo novo a despertar em mim? 


De que forma a consciência da morte me influencia – dando-me vitalidade ou bloqueando-me? Como supero os medos que ela desperta? Como acolho as emoções?


A forma como nos relacionamos com a (in)finitude molda a nossa saúde mental, pode provocar várias reações emocionais, atravessa crises existenciais e desafia-nos a encontrar respostas construtivas. 


É neste eixo finito e infinito que muitas vezes nos encontramos. 



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