«O que importa são os lírios porque os lírios, lírios são.»
- Sofia Rodrigues
- 25 de out.
- 1 min de leitura

«O que importa são os lírios porque os lírios, lírios são.»
Esta frase acompanha a minha infância. O meu tio-avô Hélder Ribeiro escreveu uma música que começa precisamente com ela.
Sempre me interroguei com o trocadilho e com seu significado.
Agora talvez a use para falar sobre autoconhecimento e heteroconhecimento.
Os lírios são, sem hesitar. Nós duvidamos de quem somos.
A vida é plena no simples ato de existir. Nós temos uma identidade construída e questionada.
Nos lírios há uma existência plena. Em nós, há uma busca constante de sentido.
Os lírios não se conhecem. Nós conhecemos os lírios.
Os lírios conhecem-se. Nós não nos conhecemos.
Os lírios mostram-se. Nós escondemos-nos.
Os lírios aceitam-se. Nós não nos aceitamos.
Os lírios confiam. Nós estamos a aprender a confiar.
Os lírios são. Nós estamos a aprender a ser.
Aquilo que os lírios são, são. O que nós parecemos, nem sempre somos.
O importa são os lírios porque são. O que importa em nós é sermos, simplesmente, o que somos.
Como os lírios, também podemos florescer com autenticidade.
Também podemos revelar o melhor de nós.
Também podemos confiar em quem somos e no que podemos vir a ser.
O que para mim importa e onde devo direcionar o que sou, os meus desejos e pensamentos?
Talvez para a luz.
Talvez para a coragem.
Talvez seja preciso silêncio e recolher-me nesta altura do Outono para, mais tarde, florescer.
Como diz o final da música, há esperança! «fica a vida que nos arde, fica a voz….a dizer-nos que a esperança não findou».
Bom fim de semana!
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