
Lugar de Encontro (Eduardo Chillida, 1964)
O espaço de intervenção psicológica é um lugar de encontro. Mahoney (1991) descreve o encontro terapêutico de forma profunda e significativa: dois estranhos encontram-se face a face, num espaço delimitado pelo tempo, e partilham uma viagem rumo ao autoconhecimento e à transformação, desvendando vulnerabilidades.
Isto capta a essência da psicoterapia como um processo relacional, onde duas pessoas, inicialmente desconhecidas, estabelecem um vínculo profundo e colaborativo, em busca de compreensão, crescimento e mudança.
A escultura "Lugar de Encontro" de Eduardo Chillida (1964) é uma obra que evoca a ideia de interação, convivência e diálogo entre elementos distintos que se encontram, interagem e coexistem, remetendo a um diálogo contínuo entre diferentes partes.
Na psicologia, o diálogo é uma ferramenta fundamental nas intervenções. O encontro entre terapeuta e paciente cria um espaço seguro para explorar emoções, pensamentos e comportamentos. Este diálogo permite que as pessoas se sintam ouvidas e compreendidas, o que é essencial para a validação emocional e a criação de um espaço para resolver conflitos internos e externos, promovendo uma melhor comunicação, gestão do stress e emoções.
A construção conjunta de significado, através do diálogo e interação permite que cada pessoa encontre sentido nas suas experiências e desafios.
As formas que se encontram e dialogam na obra de Chillida podem representar a necessidade humana de conexão e o poder transformador do encontro e da comunicação, sendo importante olhar por várias perspectivas.
Assim como na escultura, o encontro terapêutico é um meio para explorar e definir o espaço interior e as relações humanas que nele ocorrem.
É um espaço onde diferentes forças, ideias ou experiências convergem e dialogam, permitindo que algo novo e significativo surja.
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