Psicologia Positiva e Logoterapia
- Sofia Rodrigues
- 6 de jun.
- 2 min de leitura

Psicologia Positiva e Logoterapia (breves notas)
Quero começar por agradecer, de coração, à forma como fomos acompanhados, com tanta entrega e sabedoria, a nossa formadora Ana Cláudia Fernandes do curso de Psicologia Positiva e Logoterapia da Universidade Católica de Braga. Este curso ajudou-me a olhar mais a fundo para muitos temas importantes. Mas mais do que os conceitos, foram as atividades práticas e reflexivas, com recursos artísticos e didáticos que mais me marcaram. As partilhas entre colegas também foram momentos honestos, humanos, que me fizeram sentir acompanhada.
A Psicologia Positiva fez-me recordar o poder das emoções e das nossas forças de carácter. Percebi como isso nos pode ajudar a evitar o desequilíbrio e a dar-nos mais força para enfrentar momentos difíceis.
A Logoterapia trouxe ainda mais profundidade a este caminho. Viktor Frankl, psiquiatra que sobreviveu a Auschwitz, criou esta abordagem e propôs uma visão do ser humano que coloca a busca de significado no centro da existência. Para ele, o verdadeiro motor da vida não era o prazer (como defendia Freud), nem o poder (como sugeria Adler), mas sim o sentido.
A logoterapia, parte do pressuposto de que cada pessoa é chamada a descobrir um sentido único e pessoal, mesmo - ou especialmente nas circunstâncias mais adversas.
Fez-me pensar sobre o que realmente dá sentido à nossa vida. Ouvir Viktor Frankl, e conhecer o seu testemunho e a sua visão, tocou-me muito. É bonito e poderoso ver como, mesmo no sofrimento, é possível encontrar um propósito.
Na contemporaneidade, marcada pelo imediato, esta visão traz uma alternativa serena e exigente: viver na convicção de que, por vezes, o sofrimento pode ser transformado, com orientação para o que na verdade importa. O sentido encontra-se nos gestos simples, na escuta verdadeira, na paciência.
Viktor Frankl identificou três grandes desafios existenciais inevitáveis ao longo da vida: a dor, a culpa e a morte.
Esta tríade existencial não é apenas fonte de sofrimento, mas pode tornar-se ponto de partida para a descoberta de sentido. A culpa, em particular, surge como sinal de que somos livres para escolher e, por isso, responsáveis. Em vez de ser negada ou reprimida, a culpa é entendida como uma oportunidade de reparação e crescimento interior. Ao reconhecê-la, abre-se espaço para uma resposta ética, orientada para o que realmente importa.
A Psicologia Positiva e Logoterapia são um convite a ir mais fundo e a não ficar na superfície. A confiar que, mesmo na dor, há possibilidade de haver muitas forças de transformação. E que essa transformação é, em si, uma forma de liberdade.
Obrigada,
Sofia
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