Faça de uma memória um marco importante
- Sofia Rodrigues
- 19 de out.
- 1 min de leitura

Fazer de uma memória um marco importante é mais do que recordar.
É dar-lhe significado e permitir que molde quem somos.
Muitas vezes, é a emoção que dá forma ao que sentimos, permitindo que um cheiro, uma imagem ou um som permaneçam em nós como memória.
Como escreve António Damásio em O Livro da Consciência - A Construção do Cérebro Consciente, a memória e o sentimento são pilares fundamentais da nossa identidade e da forma como projetamos o futuro.
«E qual será a derradeira oferenda da consciência à Humanidade?
Talvez a capacidade de orientar o futuro nos mares da nossa imaginação, de levar a nau do eu a um porto seguro e produtivo.
Esta suprema dádiva depende, mais uma vez, da intersecção do eu e da memória.
A memória, temperada com o sentimento pessoal, é o que permite aos seres humanos imaginar tanto o bem-estar individual como o bem-estar de toda uma sociedade, e inventar formas e meios de alcançar e ampliar esse bem-estar.
A memória é responsável pela colocação incessante do eu num aqui e agora evanescente, entre um passado plenamente vivido e um futuro antecipado, em movimento perpétuo entre o ontem que passou e o amanhã que é apenas uma possibilidade.
O futuro puxa-nos para a frente, a partir de um ponto longínquo e quase invisível, e garante-nos a vontade de prosseguir a viagem, no presente.»
No espaço terapêutico, o aqui e agora torna-se um lugar seguro onde podemos revisitar pontos-chave da nossa vida, transformar memórias ou simplesmente deixá-las ir.



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