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EMPODERAMENTO PSICOLÓGICO E CONTROLO SOCIOPOLÍTICO




Segundo Rappaport (1981), o empoderamento, é o processo pelo qual os indivíduos, as organizações e as comunidades ganham mestria ou controlo sobre as suas vidas e participam na vida das suas comunidades.


De acordo com Menezes (2010), o exercício de poder e controlo ao nível individual, organizacional e comunitário é uma dimensão fundamental para o bem-estar das pessoas, grupos, instituições e comunidades e para o desenvolvimento de uma consciência crítica.


O controlo sociopolítico refere-se às crenças das pessoas sobre as suas habilidades e capacidades nos sistemas políticos e pode ser conceptualizado através da noção de consciência crítica de Freire (1975), reportando-se às crenças de que as ações no sistema social e político podem levar a resultados desejados (Diemer & Bluestein, 2006). Reflete também as crenças de autoeficácia para alterar aspetos do seu ambiente sociopolítico. A consciência crítica pode ter uma estreita associação ao controlo sociopolítico e ao sentido de agência.


O controlo sociopolítico tem sido geralmente considerado como um elemento essencial da componente intrapessoal de empoderamento psicológico. Segundo Zimmerman (1995) refere-se a crenças sobre a habilidade de exercer influência em diferentes esferas da vida, como a família, o trabalho, ou contextos sociopolíticos. Essas crenças podem ser fundamentais para os indivíduos se envolverem em comportamentos proativos necessários para atingir os seus objetivos.  Relaciona- se com o desenvolvimento da competência individual, eficácia e mestria (Peterson et al., 2006).


Deste modo, é muito importante a participação e envolvimento de jovens e adultos em atividades associativas, para maior integração social, mais consciência sobre a justiça e igualdade na sociedade e sentimento de pertença, de modo a que se concentrem esforços para promover o bem comum, mais consciência pessoal e política.


O direito de voto é um direito pessoal e constitui um dever cívico, assente numa responsabilidade de cidadania.


Hoje votei na Escola Secundária Aurélia de Sousa, onde estudei no ensino secundário :)!


 


Rappaport, J. (1981). In praise of paradox: A social policy of empowerment over prevention. American Journal of Community Psychology, 9, 1-25.


Diemer, M. A., & Blustein, D. L. (2006). Critical consciousness and career development among urban youth. Journal of Vocacional Behavior, 68, 220-232.


Freire, P. (1975). Pedagogia do oprimido (2ª ed.). Porto: Edições Afrontamento.


Menezes, I. (2010). Intervenção comunitária: Uma perspectiva psicológica (2ª ed.). Porto: LivrPsic


Peterson, N. A., Lowe, J. B., Hughey, J., Reid, R. J., Zimmerman, M. A., & Speer, P. W. (2006). Measuring the intrapersonal component of psychological empowerment: Confirmatory factor analysis of the sociopolitical control scale. American Journal of Community Psychology, 38, 287-297.

 

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