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Perda Gestacional




PERDA GESTACIONAL

A designação perda gestacional inclui um conjunto de situações de perda que podem verificar-se ao longo da gestação ou após o parto, englobando o aborto espontâneo, a morte fetal (nado-morto), a morte neonatal, a interrupção médica da gravidez, a interrupção voluntária da gravidez e o diagnóstico de anomalias congénitas no feto/bebé (Public Health Agency of Canada, 2000; Nazaré et al, 2010).

Segundo Nazaré, Fonseca, Pedrosa e Canavarro (2010), “a perda gestacional constitui um acontecimento potencialmente traumático, devido ao seu carácter normalmente inesperado e imprevisível. Ao processo de luto subsequente a este evento estão subjacentes algumas tarefas (nomeadamente, a aceitação da morte e a expressão emocional da dor que lhe está associada), existindo um conjunto variado de manifestações emocionais, cognitivas, comportamentais e fisiológicas que constituem reações esperadas face às circunstâncias”.

A investigação indica que, de modo geral, a mãe expressa mais emoção e vivencia um período de luto agudo mais intenso, com maior número de manifestações. Segundo Nazaré et al (2010) “tal deve-se, por um lado, ao facto de a mulher poder estar mais ligada ao bebé, sobretudo quando a perda ocorre nos primeiros meses de gravidez e, por outro, à sobrecarga adicional de vivenciar fisicamente a perda. Sendo a pessoa que carrega o bebé, a mãe pode manifestar maior sentimento de culpa em relação à perda, sentindo-se por vezes responsável por este desfecho, particularmente quando não é possível identificar uma causa médica para a perda. Já o pai apresenta tendencialmente uma resposta de luto mais controlada e com menos sinais externos, com maior rapidez as rotinas diárias e os compromissos profissionais (…). Face a estas disparidades entre géneros na vivência do luto (designadas por luto incongruente), a perda gestacional pode constituir uma pressão acrescida para a relação conjugal”. (Callister, 2006; Badenhorst & Hughes, 2007; Nazaré et al, 2010).

A intervenção psicológica consiste em ajudar o casal a integrar a perda, sendo fundamental assentar numa postura de empatia e compreensão, ajudando a progredir na reconstrução de uma nova relação com o mundo e com a vida.

Se precisar de apoio psicológico em situação de perda gestacional, não hesite em contactar +939371354 ou através www.sofiasantosrodrigues.com.

#perdagestacional #gravidez #luto #perda #intervençãonoluto #perinaltalloss #perinatal #loss Badenhorst, W., & Hughes, P. (2007). Psychological aspects of perinatal loss. Best Pratice & Research Clinical Obstetrics and Gynaecology, 21(2): 249-259. doi:10.1016/j.bpobgyn.2006.11.004.

Callister, L. C. (2006). Perinatal loss: A family perspective. Journal of Perinatal and Neonatal Nursing, 20(3): 227-234.

Nazaré, B., Fonseca, A. D. D., Pedrosa, A. A., & Canavarro, M. C. (2010). Avaliação e intervenção psicológica na perda gestacional.

Public Health Agency of Canada (2000). Family-centred maternity and newborn care: National guidelines. Ottawa: Author.

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