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Dias Perfeitos: rotina e decisões 






A rotina pode ser fonte de segurança, algo que estrutura uma vida diária, sendo auxiliar na poupança de energia. Intimamente estão interligadas: a rotina e as decisões. Há hábitos que precisam de se estabelecer, para não ser exaustivo estar sempre a ter de tomar decisões. A relação entre os hábitos e as decisões procura-se que esteja equilibrada, de modo que os processos rotineiros incluam lazer, responsabilidade e sentido.


No filme “Dias Perfeitos” de Win Wenders, a personagem principal é um profissional que desempenha a função de limpar sanitários públicos em Tóquio com minúcia e dedicação. Algo aparentemente simples e rotineiro. À medida que o enredo se desenvolve nota-se a intenção e dedicação deste homem na busca de satisfação de prazeres simples, trabalhando afincadamente e com brio, mas pretendendo uma existência rotineira e sossegada. Escolhe, quando é possível, a bicicleta em vez do carro, não procurando um trabalho onde ganho mais dinheiro ou uma casa maior. Nos tempos de pausa ou de descanso, nutre uma paixão pela música, pelos livros e pela fotografia.


Através desta busca, o filme enfatiza um termo japonês denominado Komorebi, que significa a luz do sol filtrada pelas folhas das árvores, mostrando que em momentos de pausa o personagem principal consegue encontrar satisfação no presente. O filme transmite um elogio intrínseco às coisas simples, à contemplação e ao despojamento, lembrando estilos de vida onde estão presentes máximas do tipo “menos é mais” ou “o pequeno é belo”.  


E para mim? O que é para mim um dia perfeito? Será que temos dias perfeitos no dia a dia ou só em momentos especiais? Que ingredientes inclui para mim um dia perfeito?


Preciso de um plano, ter tarefas definidas para regular o meu tempo? Ou é um dia em que deixo simplesmente as coisas acontecerem?


Numa vida tão acelerada, consigo tempo para refletir sobre isso? Permito-me incluir ou largar algo da minha rotina? Preciso ter mais coragem nas decisões que tomo?

 

Para estabelecer rotinas, equilibradas com decisões é importante ter consciência ou ir questionando:

- Em que áreas preciso de segurança?

- Quais posso simplesmente desfrutar?

- Que limites tenho de estabelecer para não levar uma vida excessiva que me leve a um burnout?

- Há áreas da vida em que me sinto constrangido pelos hábitos?

- Há áreas da vida que preciso de trazer mais espontaneidade?

- O que desejo? O que faço? Como? Com quem? 

-  Para onde isto me leva? 

 



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