Sofia Rodrigues

17 de mai de 20231 min

O elogio da imperfeição. Paolo Scquizzato

“A pérola é esplêndida e preciosa.

Nasce da dor. Nasce quando uma ostra é ferida.

Quando um corpo estranho – uma impureza, um grãozinho de areia – penetra no seu interior e a habita, a concha começa a produzir uma substância (a madrepérola) com que o cobre para proteger o seu corpo invadido. No fim, ter-se-á formado uma bela pérola, brilhante e valiosa. Se não for ferida, a ostra nunca poderá produzir pérolas, porque a pérola é uma ferida cicatrizada.

Quantas feridas temos dentro de nós, quantas substâncias impuras nos habitam? Limites, debilidades, pecados, incapacidades, inadequações, fragilidades psicofísicas... E quantas feridas nas nossas relações interpessoais? Para nós, a questão fundamental será sempre esta: o que fazemos com elas? Como as vivemos?

A única via de saída é envolver as nossas feridas com aquela substância cicatrizante que é o amor; a única possibilidade de crescer e de ver as nossas impurezas tornarem-se pérolas.

A alternativa é cultivar ressentimentos contra os outros pelas suas debilidades e atormentarmo-nos a nós mesmos com permanentes e devastadores sentimentos de culpa por aquilo que não deveríamos ser e por aquilo que não deveríamos sentir.”

Retirado de: O elogio da imperfeição. O caminho da fragilidade. Paolo Scquizzato

#fragilidade #imperfeição #feridasemocionais #emoções #incapacidades #crescimento #psicológico #relaçoesinterpessoais

    50
    2