oeta, contista, dramaturgo.
Fundou uma escola no Oriente e foi Prémio Nobel de Literatura em 1913.
O que é real e como se conhece a realidade são das mais antigas perguntas não só da pesquisa filosófica, mas também do pensamento humano (Berger & Luckmann, 1966). São múltiplos os mundos, os backgrounds, as culturas e daí advêm diferentes significados e diversas interpretações. Quando se fala em “real” é preciso sempre colocar-nos em perspetiva, sendo útil compreender qual é o ponto de partida. A realidade que eu vejo pode ser abundante, para o outro pode considerá-la insuficiente. Ambos consideramos que nos situamos no mundo real e muitas vezes que estamos a ver a mesma realidade.
Ou seja, a realidade que eu significo pode ser diferente da do outro, há que saber fazer boas leituras.
Para Gleick (1988) a realidade tem uma irregularidade regular, uma imprevisibilidade previsível, uma desordem ordenada e, deste modo, há que criar leituras mais complexas acerca do mundo.
O que seria real para Rabindranath Tagore, nascido em Calcutá, é muito diferente de alguém nascido noutro continente. Ainda assim, cada vez há mais meios para partilhar a realidade da vida quotidiana com o outro e/ou das múltiplas realidades. Foi deste modo que o seu pensamento e de muitos outros autores abriu novos caminhos literários, humanísticos, educativos…
O desenvolvimento humano implica a construção de significado pessoal da realidade com base em conhecimento e a ação pode ser transformadora dessa realidade.
Quem será realista? Quem será o sonhador? Qual o que transforma a realidade? Quem se permite ficar na sua realidade ou alguém mais audaz?
Crescer pode implicar fazer mudanças na realidade. Em que realidade me situo ou qual é que construo?
Berger, P., & Luckmann, T.(1966). The Social Construction of Reality (3ª Ed.). Lisboa: Dinalivro.
Gleick, J. (1988). Chaos: Making a new science. London: Heinemann.
Tagore, R. (2022) (Trad. Joaquim Palma). A Asa e a luz. Porto: Assírio&Alvim.
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