A adolescência é um marco de desenvolvimento inquestionável em várias culturas, uma etapa de transição entre a fase de criança e a fase de adulto que se inicia com mudanças biológicas que caracterizam a puberdade, sendo a tarefa central nesta etapa, a construção da identidade.
Há comportamentos típicos como a tendência para correr riscos, as mudanças na definição de si próprio, na relação com significativos (família, amigos, comunidade educativa) e na participação social e cívica. Há uma hipersensibilidade aos sinais de exclusão por parte dos pares, sendo que self que emerge é relacional, dependente do(s) outro(s), com uma grande indigência de ser estimado e de satisfazer as expectativas do(s) outro(s) (Kegan, 1982).
O grupo de pares pode ter influências positivas ou negativas, tendo forte relevância a componente relacional e o desenvolvimento de competências como a assertividade, a empatia ou a colaboração neste período do ciclo de vida, que terá impacto no desenvolvimento pessoal e vocacional dos adolescentes.
Na passada 4ª feira houve momentos de partilha e reflexão no D’Anahata acerca do impacto destas mudanças nos adolescentes e necessidade de estar atento a sinais de alerta em questões de saúde mental.
Na próxima conversa, dia 1 de Fevereiro às 21h15, cujo tema é “Educar com sentido”, irá abordar-se o complexo desafio dos educadores e o esforço coletivo da comunidade escolar para fomentar no aluno a busca de sentidos.
Não percam as próximas conversas, já se podem inscrever!
Kegan, R. (1982). The Evolving Self: Problem and Process in Human Development. Cambridge: Harvard University Press.
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